Lhasa, Tibet, 04 de outubro de 2011
Chegamos ao planalto tibetano, ao teto do mundo. Mas, a hora é de falar sobre os mais de 10 dias que passamos na capital política e cultural da China. Beijing é tão ampla, diversa e repleta de pontos imperdíveis que descrevê-la não caberia em um único post. Dividimos essa experiência em duas partes. Segue a primeira metade e, em breve, completamos esse relato.
E o melhor ponto pra começar a falar sobre Beijing é a Praça Tiananmen ou Praça da Paz Celestial, como é mais conhecida no Brasil. Há séculos, esse é o coração da cidade e o núcleo do poder político chinês. Ao seu redor, estão a Cidade Proibida, o Great Hall of People – sede do Partido Comunista – e o Museu Nacional. No centro, foi construído um mausoléu pro onipresente Mao Zedong, onde o corpo mumificado do controverso líder é exposto ao público. Essa gigantesca praça – a maior em todo mundo – estava bem próxima do nosso albergue e a gente batia ponto em uma de suas extremidades quase todos os dias. Foi lá que em 1989 estudantes, operários e intelectuais acamparam pra protestar por maior abertura política em um movimento que terminou com o massacre de até 3.000 pessoas (não há consenso sobre o número exato). Hoje, o acesso é super controlado, as pessoas não podem agrupar-se e existem centenas de câmeras monitorando cada metro quadrado 24hs por dia.



É na Praça Tiananmen que se tem a tradicional visão do muro vermelho da Cidade Proibida com o grande quadro do Mao sobre a entrada principal. A Cidade Proibida é um complexo grandioso cujo interior por mais de 500 anos só foi conhecido por membros da nobreza. À noite, o imperador era o único homem “completo” no local, dividindo seus mais de 9.000 quartos com centenas de concubinas e um exército de eunucos. Embora o sistemático uso de um mesmo padrão arquitetônico e a ausência quase completa de mobiliário possam tornar a visita um pouco repetitiva, ainda é muito impressionante ver as dezenas de pavilhões, templos e os monumentais pátios internos.


Não longe dali, está o National Centre for the Performing Arts. O ousado projeto trouxe um rico contraste pra região. Em uma curta caminhada, é possível vislumbrar a tradicional arquitetura imperial da Cidade Proibida, passar pela austeridade do estilo comunista do Great Hall of People e terminar no pós modernismo das construções da China atual.


Por falar em arquitetura imperial, a cidade está repleta de tesouros herdados de seus mais de 5 séculos como capital da China. O passado e o futuro estão tentando chegar a um acordo em Beijing, mesmo que a questão ainda não esteja bem equacionada. Entre muitos templos dedicados ao budismo, confucionismo ou antigos rituais de sacrifico que eram conduzidos pelo imperador, o Lama Temple e o Temple of Heaven são os melhores exemplos. É impensável não visitá-los, principalmente o Temple of Heaven e o parque ao seu redor.



Outra forma de apreciar a antiga Beijing é visitar seus Hutongs: vielas históricas que formam uma espécie de museu ao ar livre. Mas, corra, porque restam poucos desses típicos bairros residenciais. A maior parte está dando lugar a bairros novos que receberão a emergente classe-média chinesa. Sobrevivem aqueles que rapidamente estão convertendo-se em centros de turismo. Com restaurantes e todo tipo de comércio ocupando o casario, são ótimos lugares pra passar um tempo. Hospedamos em um Hutong, embora em um pedaço mais simples e fora do eixo das ruas mais concorridas. Era a nossa “comunidade”, como a gente chamava… Lá, em um restaurante familiar, por R$7,50 pra nós dois a gente comia pratos deliciosos. Cervejas incluídas!


Se os Hutongs são a cara da Beijing antiga, no outro extremo estão os bairros em que os gringos expatriados normalmente escolhem morar. Não chega a ser uma Shanghai ou Hong Kong, mas também tem seus arranha-céus inovadores. Sem contar o futurístico Parque Olímpico, com o estádio Ninho de Pássaro e o Cubo D’água, estrelas nas Olimpíadas de 2008.


Beijing ainda tem muito mais a oferecer! De restaurantes elegantes a exóticas comidas de rua, de óperas tradicionais a incríveis shows de acrobacia. Fora duas das mais inesquecíveis atrações chinesas, o Summer Palace e, é claro, a Grande Muralha da China. Não cabia em um único post, não é verdade?
Finalmente a grande muralha… rsrsrs
No post seguinte tem mto mais!
Agora, falta colocar seu nome, “anônimo” não vale! rs…
Meus caros,
Quanto tempo não acessava o site….Tive que “viajar” pela África toda e iniciar a jornada chinesa de uma só vez….rs
Beijos
Obrigado, meu caro (ou será minha cara?) !
Que longa jornada vc fez, hein! E prepare-se então pra atravessar o Himalaia em breve! rs…
Valeu! Ah, e identifique-se pra gente saber de quem foi a mensagem, pq adoramos!
p-a-r-a t-u-d-o….essa viagem está sensacional!!
1) vizinhooo, seus cabelos mudaram, mas os trocadilhos….rs. muito MAO. medAA…rss
2) me amarrei no “nosso” hutong. a gente se apega, ne? deve ser perfeito pra um aue
3) os textos estão mega profissionais, mas é caído nos deixar com agua na boca assim. Muralha já ;)
4) familia, vc esta muito chique com esse lenço burberry. “era uma vez a menina cabelos de fogo e de hábitos simples”…rss.
saudades imensas!
nos vemos na Asia (fiquem aí bastante tempo….rss)
bjsss,
Oi, Lele!!! Que alegria ler sua msg!!! Demoramos a responder pq a internet nos abandonou, mas estamos de volta!
1) Se vc achou o trocadilho com o MAO de “mao” gosto, imagine agora que chegamos ao Nepal! rs…
2) Nosso hutong era perfeito pra um aue! hahahaha! E já achamos uma nova comunidade pra chamar de nossa em Kathmandu!
3) Agradecemos! Bem, a essa altura a muralha já tá publicada faz tempo…
4) Vamos lembrar q o lenço é “made in china” rs… E quer hábito mais simples do q almoçar por menos de R$4 cada no restaurante da comunidade!
Saudades imensas de vcs tb! E estamos de olho nesse papo de Ásia, hein, vamos cobrar!!! rs…
Bjão!!!