Wadi Mousa (Petra), 27 de abril de 2011
Dahab foi o primeiro ponto de parada da viagem. Pensamos em fazer algumas pelo caminho, tirando uns dias pra simplesmente curtir um pouco de rotina. Rodamos de bicicleta, fomos a novas praias, gastamos o tempo olhando pro mar e deixando as horas correrem lentamente. E, claro, mergulhamos.
Os mergulhos mais marcantes foram, sem dúvida, ao SS Thistlegorm e ao Parque Ras Mohammed. Pra chegar lá, pegamos uma van às 3h30 da manhã pra Sharm el-Sheikh e lá embarcamos em um barco grande, quase luxuoso e com comida boa e farta. O sol nascendo e os golfinhos cruzando nosso caminho anunciaram que o dia prometia muita coisa boa.



O Thistlegorm era um navio inglês construído em 1940 e utilizado pra abastecer as tropas aliadas durante a 2ª Guerra Mundial. Foi abatido por aviões alemães antes de descarregar os armamentos que levava em 1941. Acesse esse link para conferir um vídeo sobre esse naufrágio: http://www.youtube.com/watch?v=bcrhyZzKsGg. É quase inacreditável ver tanques de guerra, pequenos caminhões, motos, artilharia e muito mais exposto como um museu no fundo do mar. No primeiro mergulho, demos a volta por fora do navio. No segundo, exploramos o interior, esgueirando por algumas pequenas passagens e corredores. Uma emoção e experiência a mais! Depois seguimos pro Ras Mohammed, um parque marinho no sul da Península do Sinai. Não dá pra descrever, é maravilhoso. Não por acaso, foi eleito uma das 7 maravilhas do mundo subaquático. E dessa vez temos fotos!



E olhem isso! Antes da viagem começar, pesquisamos os lugares e relatos de outras pessoas que estão viajando pelo mundo. Um desses relatos contava os primeiros meses da volta ao mundo de um brasileiro, que seguia na direção oposta à nossa. A gente leu, riu e comentou muito sobre suas aventuras e desventuras, já no clima de ansiedade pra nossa própria partida. E não é que ele apareceu na nossa frente?! Esse cara estava no nosso navio, no nosso grupo de mergulho, bateu as fotos pra gente e ficou nosso amigo. A gente mal podia acreditar na enorme coincidência e ele ficava ainda mais chocado com o fato de que a gente sabia tanta coisa que ele tinha feito. Ganhamos um parceiro e ficamos meio desconfiados, seria esse um “mundo pequeno” afinal?



Com a chegada do feriado de semana santa, a cidade começou a ficar mais movimentada e o nosso quarto com vista pro mar a preço de albergue foi ficando mais cobiçado. No final, acabamos sendo delicadamente convidados a sair e nos mudar pra pousada ao lado. Nada de mau comportamento, nosso único defeito foi pagar barato demais… Mal sabiam que iríamos encontrar coisa muito melhor. Fomos parar na suíte honey moondo Diver´s House. O único quarto de Dahab construído dentro de uma concha acústica!

Conhecemos algumas pessoas bem bacanas nesses dias. Pedro, um brasileiro que é fotógrafo e mora em Nova York, virou companheiro de vários momentos. É a sexta vez que ele vai à Dahab e hospeda-se por ali onde ficamos. Ótima companhia pra uma cerveja no final da tarde! Também o Oliver, que subiu conosco o Monte Sinai, empolgadíssimo com viagens, fotos e praticamente qualquer assunto que surja na mesa. Além do pessoal que trabalhava lá. É impressionante a quantidade de pessoas que trabalha em uma pequena pousada ou em um restaurante egípcio.

Nós ficamos 29 dias no Egito e não será surpresa se ao final da viagem for esse o país em que teremos ficado mais tempo. Nós rodamos – e pechinchamos – por quase todo País. E é preciso pechinchar! Goste você ou não disso, nunca ouvirá um bom número rapidamente. Não se assuste se os preços caírem 80% em relação ao valor inicial. Portanto, pechinchamos no Cairo, no Oásis de Bahariya, em Asuán, Abu Simbel, Luxor e Dahab. No final, pechinchamos em Nuweiba, a caminho da Jordânia.

Tivemos excelentes momentos e até nos apegamos ao particular senso de humor do egípcio. Pessoas de ótimo astral e orgulhosas com a recente revolução, embora ainda desconfiadas se as mudanças efetivamente virão. Com renda per capita quatro vezes menor que a do Brasil, o Egito é um país bem pobre. E o senso comum tende a fazer uma associação direta entre pobreza e violência. Não é o caso. É um lugar extremamente seguro. Os índices de violência em vários aspectos são até menores do que em alguns países desenvolvidos. Anda-se na rua absolutamente tranquilo em qualquer canto ou hora. Consegue imaginar nosso semblante tranquilo passeando com nossas mochilas pelas ruas sem calçadas em meio ao nó de carros e motos buzinando sem parar? Essa confusão, o povo sorridente, a negociação, tudo isso também é o Egito e vamos sentir saudades…
Parabéns Fred e Letícia!
Estamos acompanhando de perto a viagem de vcs! Todo dia ficamos atentos para saber onde vcs estão! Abração!
Leandro e Tatiana
Nossa tantos lugares incríveis, ai que vontade que dá!
Quando chegarem a Petra aí vou até querer entrar neste monitor, rsrs…. Continuem tendo uma ótima viagem! Ab´s, Cibele.
Ei, Cibele! Estamos em Petra! Hoje fomos lá pela 3a. vez. No próximo post, a gente conta como é… Mas, vou avisando q a gente tem passado o dia babando com as coisas por aqui!
Bjos
Fred e Letícia, tbem estou pensando seriamente em chutar o pau da barraca e sair viajando por este mundão….
beijo grande,
Gabi
Gabi, damos o maior apoio, hein! Podemos ajudar no planejamento rs…
Bjão
Uau!
Cara, se eu chutar o balde aqui no trampo e sair pelo mundo de mochilão, a culpa é sua. rsrsrsrsrs
Vou ficar orgulhoso, hahaha!